segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Frugalidade

Por quase unanimidade: o tempo está passando mais rápido. O interessante a ser observado é que nos “tempos modernos” deveríamos aproveitar as facilidades, o conforto e os benefícios que a tecnologia nos traz em prol de uma vida mais “bem vivida” e, paradoxalmente, não é o que ocorre. Temos cada vez mais menos tempo de fazer o que realmente almejávamos e o que realmente importa.
A felicidade essencial foi moldada. Apreciar o simples tornou-se um talento para poucos. Hoje, muitos estão mais preocupados no ter do que no ser. A felicidade de se comprar algo se tornou superior a felicidade de se fazer algo, bem como, presentear alguém uma forma de substituição de estar com este alguém.
E como presentear ou ter necessita de investimentos financeiros, a necessidade de se trabalhar mais aumenta em conseqüência de se capitalizar mais. Trabalhando mais, temos menos tempo e aumentamos nossas dívidas com o tempo e as pessoas, o que resulta em mais presentes e mais trabalhos.
O sorriso de um abraço foi substituído pelo sorriso em receber algo; O tempo de curtir com foi substituído pela tecnologia e pelo trabalho; os julgamentos de quem eram as pessoas se tornaram julgamentos do que as pessoas tem, ou aparentam ter... Enfim, desvalorizamos o que importa e hipervalorizamos o que também importa, mas não é vital. Tivemos uma amnésia de que o simples as vezes não é tão complexo como parece.
Obs.: As idéias presentes aqui não são de autoria minha, obviamente, é apenas uma crítica simplória e pessoal.
Menumak - Iara Margolis - 25/10/2010

Um comentário:

  1. Gostei muito! A vida atribulada que levamos nos distancia das coisas que realmente acabam importando. Deveriamos dedicar uma parte do nosso tempo para pensarmos, pensarmos em nós como seres em busca de uma aprefeiçoamento e em nossos semelhantes como indivíduos que também sonham e buscam significado para suas vidas.
    Muito bem colocado Iarinha...kol hakavod...beijo! Te amo!!!

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