quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A ilha deserta.

Quem você levaria para ir a uma ilha deserta?


Durante muitos anos, quando escutava essa pergunta, imaginava uma situação semelhante a do filme O Naufrago.

Atualmente, vejo uma ilha deserta em cada pessoa. Todos nos temos uma ilha deserta dentro de nós: nossa mente.

Nossa mente pode estar cheia ou vazia, pode ser pública ou privada, com futilidades ou pensamentos interessantes. Nossa mente pode ter uma analogia com um centro comercial lotado, público e sem controle, com muitas pessoas opinando e sabendo, até uma ilha deserta, misteriosa e secreta, com os mais íntimos segredos, com acesso restrito, impossível ou limitado.

Entretanto, diferente do mundo tangível, não podemos levar ninguém para nem um dos cenários. Podemos apenas compartilhá-los. Com quanto mais gente compartilhamos, mais “urbanizada” fica a nossa ilha.

Por isso, “quem você levaria para a sua ilha deserta?” poderia ser interpretado com, com quem você compartilharia seus segredos e seus desejos; com quem você compartilharia a sua vida; em quem você confia?

Cada um de nós temos a opção de escolher quem levamos para as nossas ilhas desertas, onde ficam e quais são essas ilhas. A divergência esta na forma de entrar na ilha e de trazer as pessoas. Para uns o caminha é fácil, e termina transformando constantemente as ilhas desertas em locais bastante habitados. Para outros, o caminho é mais longo e solitário.

Já a convergência, é cada um saber seus limites e quem são as pessoas que levaríamos para lá. Afinal, os temas e as pessoas podem mudar, mas as ilhas sempre existirão.
Menumak - Iara Margolis - 23/12/2010

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O melhor...

Quantas vezes nos deparamos com pessoas que nos questionam sobre quem ou o quê é o melhor. Por exemplo, qual o seu melhor amigo, ou o melhor filho, ou o melhor avo, tio, ex, professor, colega, cachorro, papagaio...


Entretanto, quando você elege um (ou uns) melhor(s), isso implica que os demais não são tão bons feito ele(a)(s).

Partindo deste princípio, indago a necessidade de se questionar quem é o melhor. Talvez para as pessoas darem o melhor de si, por outro lado para os outros hierarquizarem pois se existe um melhor, também existe um pior.

O fato é que quando elegemos um melhor, desmerecemos os demais. E, talvez o tempo que passamos pensando em quem é o melhor, deixamos de fazer o nosso melhor e de buscar o que cada um tem de melhor.
Menumak - Iara Margolis - 20/12/2010

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Ilusões e Realidade

“- Ilusões são como miragens. São coisas que de fato não existem, mas que podem ser vistas com muita nitidez.
- Como é que se pode ver alguma coisa que não existe?
- Às vezes é muito mais simples do que ver as coisas que existem. Por exemplo, se alguma coisa existe, você só pode vê-la com os olhos abertos, mas, se não existe, pode ver perfeitamente com os olhos fechados. É por isso que as coisas imaginárias são quase sempre mais fáceis de ver do que as coisas reais.
- E onde fica a realidade?
- Aqui mesmo.
Olharam a volta mas não havia nada para ser visto. Eram multidões que passavam as pressas, sem desgrudar os olhos do chão, parecendo saber exatamente para onde iam, subindo e descendo ruas inexistentes, entrando e saindo de edifícios invisíveis.
- Não vejo cidade alguma.
- Nem eles, mas não faz a menor diferença, porque não sentem falta dela”. (Norton Juster)
E é assim a vida... Andamos sem perceber o que temos a nossa volta, se tirássemos, não faria diferença. Falamos com as pessoas sem olhar nos olhos, se fossem robôs, não faria diferença. Criamos nossas percepções, se são verdadeiras, não faz a mínima diferença.
O importante mesmo é estarmos pensando que todo este mundo de ilusões é realidade. Se são ilusões, o que importa? Seria assim?
É melhor estar numa ilusão feliz, ou numa realidade triste com poder de mudá-la? É melhor estar numa ilusão realizado ou numa realidade realizado? O primeiro caso, sem problemas e mais tentador; o segundo caso, mais problemas e menos tentador. Entretanto, na realidade, podemos imaginar o melhor e crescer para chegar lá. Na ilusão, o perfeito não nos permite crescer, a cidade, os robôs, as pessoas, a política, a educação, o futuro... não importam, não são reais no mundo ilusório, logo, não fazem diferença.
 Menumak - Iara Margolis - 10/12/2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A Era do Excessoooooooooooooooooooo

Vivemos na era do excesso. Produção em massa, publicidade em massa, amigos em massa, comida em massa, tudo em massa.
O que vale nessa era não é a qualidade, mas sim a quantidade e a popularidade.
Tem que ter muito e que os outros saibam que você tem muito. Se esses muitos estão bons ou ruins, não importa.
Recentemente a Google informou que esta pesquisando sobre uma nova ferramenta de pesquisa, para ponderar, não apenas os sites mais falados, como também os sites que melhor atendem aos clientes. Algumas empresas estavam se utilizando da má fama para estar entre as primeiras buscas do site de pesquisa. Um exemplo clássico da popularidade e não da qualidade!
Se antes foi a era do aprender para o mundo novo e hoje é a era do excesso, qual será a próxima era?
Talvez a era de (re)aprender sobre o mundo antigo. Reaprender valores, dignidade e a simplicidade das coisas.
Menumak - Iara Margolis - 09/12/2010

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O telefone sem fio da vida

O outro ficou chateado com O um por não ter dado um bom dia. O outro falou para Aquele que O um o viu e não deu bom dia e isso o tornava um ser mal educado e um mau caráter. O um, sem saber de nada, encontra Aquele, que por sua vez, sempre simpático, conversou e deu risadas. Contudo, fora de sua vista Aquele falou com O outro para Qualquer um coisas que jamais falaria dO  um na sua frente. E, assim, pelo simples fato de O um não ter dado bom dia aO outro, todos especulam e falam nas suas costas.
Tudo poderia ter se resolvido se O ouro tivesse chamado a atenção dO um e contado o ocorrido. Mas, na vida, é muito mais fácil falar com Os outros sobre Qualquer um. Criando um grande telefone sem fio, onde o inicio é completamente divergente do término, mas se soubéssemos escutar e pedir para repetir, o final poderia ser igual ao começo.
O problema é que, assim o sendo, não haveria graça para outros falarem de alguns.
Menumak - Iara Margolis - 08/12/2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Viajando na maionese: o burro e o inteligente!

Um avião voa ao longo do oceano, quando de repente encontra um tiranossauro rex comendo um papagaio que falava. Ora, como ser uma luz se não ser um orangotango? Obviamente que é uma indagação que todos fazem ao longo da vida, entre as amoras e as ovelhas; entre os macacos e as motocicletas.
O fato é que, quanto menos entendemos, mais inteligente fica o que não entendemos. Antes de ser burro, é melhor que o outro seja inteligente!
Obs.: Essa saiu um pouco do padrão... mas não resisti ao desejo latente de posta-la rsrsrs
Menumak - Iara Margolis - 07/12/2010

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Para que vivemos?

Recentemente refleti sobre o motivo da nossa existência. Não no sentido filosófico empregado no mundo moderno, mas sim no sentido real de um animal.
Me reportei a era primata, onde apenas existia nossa necessidade trivial da vida.
Pensei no ser sem luxos, sem obrigações legais, intelectuais ou familiares. Sem língua, dinheiro ou comodidade. Pensei como o ser que tinha apenas o instinto, o instinto de sobreviver.
Aquele que lutava, dia após dia pela sua vida. Sabendo que, se não o fizesse, morreria.
A conclusão foi simples, vivemos para um dia morrer. Mais uma vez com os opostos se completando.
Entretanto, reportei este pensamento aos dias atuais. Onde, não mais pensamos de forma consciente em nossa sobrevivência, mas pensamos em nossas obrigações para uma vida melhor e um futuro que nunca alcançamos.  
Menumak - Iara Margolis - 06/12/2010