quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
A ilha deserta.
Durante muitos anos, quando escutava essa pergunta, imaginava uma situação semelhante a do filme O Naufrago.
Atualmente, vejo uma ilha deserta em cada pessoa. Todos nos temos uma ilha deserta dentro de nós: nossa mente.
Nossa mente pode estar cheia ou vazia, pode ser pública ou privada, com futilidades ou pensamentos interessantes. Nossa mente pode ter uma analogia com um centro comercial lotado, público e sem controle, com muitas pessoas opinando e sabendo, até uma ilha deserta, misteriosa e secreta, com os mais íntimos segredos, com acesso restrito, impossível ou limitado.
Entretanto, diferente do mundo tangível, não podemos levar ninguém para nem um dos cenários. Podemos apenas compartilhá-los. Com quanto mais gente compartilhamos, mais “urbanizada” fica a nossa ilha.
Por isso, “quem você levaria para a sua ilha deserta?” poderia ser interpretado com, com quem você compartilharia seus segredos e seus desejos; com quem você compartilharia a sua vida; em quem você confia?
Cada um de nós temos a opção de escolher quem levamos para as nossas ilhas desertas, onde ficam e quais são essas ilhas. A divergência esta na forma de entrar na ilha e de trazer as pessoas. Para uns o caminha é fácil, e termina transformando constantemente as ilhas desertas em locais bastante habitados. Para outros, o caminho é mais longo e solitário.
Já a convergência, é cada um saber seus limites e quem são as pessoas que levaríamos para lá. Afinal, os temas e as pessoas podem mudar, mas as ilhas sempre existirão.
Menumak - Iara Margolis - 23/12/2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
O melhor...
Entretanto, quando você elege um (ou uns) melhor(s), isso implica que os demais não são tão bons feito ele(a)(s).
Partindo deste princípio, indago a necessidade de se questionar quem é o melhor. Talvez para as pessoas darem o melhor de si, por outro lado para os outros hierarquizarem pois se existe um melhor, também existe um pior.
O fato é que quando elegemos um melhor, desmerecemos os demais. E, talvez o tempo que passamos pensando em quem é o melhor, deixamos de fazer o nosso melhor e de buscar o que cada um tem de melhor.
Menumak - Iara Margolis - 20/12/2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Ilusões e Realidade
- Como é que se pode ver alguma coisa que não existe?
- Às vezes é muito mais simples do que ver as coisas que existem. Por exemplo, se alguma coisa existe, você só pode vê-la com os olhos abertos, mas, se não existe, pode ver perfeitamente com os olhos fechados. É por isso que as coisas imaginárias são quase sempre mais fáceis de ver do que as coisas reais.
- E onde fica a realidade?
- Aqui mesmo.
Olharam a volta mas não havia nada para ser visto. Eram multidões que passavam as pressas, sem desgrudar os olhos do chão, parecendo saber exatamente para onde iam, subindo e descendo ruas inexistentes, entrando e saindo de edifícios invisíveis.
- Não vejo cidade alguma.
- Nem eles, mas não faz a menor diferença, porque não sentem falta dela”. (Norton Juster)
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
A Era do Excessoooooooooooooooooooo
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
O telefone sem fio da vida
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Viajando na maionese: o burro e o inteligente!
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Para que vivemos?
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Do questionamento às explicações, tudo uma questão de espaço. Enter!
Quem é o pai?
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Tudo bem e sua banalização
- Não, não está nada bem! Na verdade está tudo péssimo, meu cachorro se suicidou, minha casa pegou fogo, cai da escada e ....
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
O domador: A divergência entre o ódio, o amor e o preconceito
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Mazal Tov!
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Menos História; Mais Educação
Pois bem, aqui é um dos pontos que isto é verdadeiro. Nossa educação está com problemas, o que não é novidade para ninguém. Todavia, os problemas, referentes neste texto, distinguem da qualidade de transmissão das matérias.
Não é referente ao grau de história ou matemática aprendido pelos alunos, nem de português ou ciências. Mas sim referente ao grau de educação transmitidos e recebidos.
Educação aqui consiste na idéia primitiva de ter educação e não ser mal educado. Consiste nas normas pedagógicas tendendo ao desenvolvimento do corpo, espírito e caráter. Desenvolvendo a consciência, o raciocínio comportamental perante si próprio, o grupo e o [meio]ambiente.
Quem sabe se tirássemos alguns minutos das aulas de história, matemática, ou de ciências, poderia ser também a de português, inglês, estudos sociais, geografia... não importa. O importante seria a abertura de um novo espaço e uma nova mentalidade. Seria a inserção de temas essenciais na educação, na formação de valores e caráter sólidos, na criação de cidadãos responsáveis, conscientes e com comportamentos compatíveis. E, assim, realmente educássemos.
Menumak - Iara Margolis - 15/22/2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Educação Zimbabueana
Infelizmente, sabemos que no Brasil este setor está aquém do desejado. Pelo lado positivo, bom para os zimbabueanos que tiveram sua educação igualada a de um país emergente!
Contudo, este ponto nos remete a uma reflexão mais importante, sobre a nossa educação. Mais do que em anos, mas referente a eficiência e eficácia que estamos tendo. Por um lado, se em apenas 7,2 anos conseguimos transformar, crescer e aprender tanto, imaginem se nós tivéssemos mais tempo de estudos com melhor qualidade? Isso demonstra o potencial brasileiro. Já que falamos tanto do risco Brasil, talvez seja interessante vermos que temos o potencial Brasil que pode superar, ou não, todas as previsões.
O “ou não” é referente à um ponto da nossa cultura que é o jeitinho brasileiro, onde entra o outro lado da história. A violência, o desrespeito, as enrolações, mentiras, o vangloriar de fazer algo errado e o ser cidadão, ao meu ver, só fizeram piorar. Para estes índices há poucos mensuradores qualitativos e que representam a nossa realidade.
Menumak - Iara Margolis - 12/11/2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
E,Nem é pau!
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Os Milagres
Ao meu ver, hoje existe tantos milagres quanto na antiguidade. A diferença é que antes nós simplesmente os aceitávamos como milagres e hoje, tentamos explicá-los cientificamente ou simplesmente chamá-los de sorte, coincidência ou destino. Será que realmente são apenas casos científicos, sorte, coincidência ou destino?
Menumak - Iara Margolis - 10/11/2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
O capitalismo é cruel?
Na Alemanha, no início do século XX, em uma conferência universitária um professor de uma universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:
“D-us criou tudo o que existe? Se D-us criou tudo, então D-us fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então D-us é mau?”
O professor feliz, regozijava-se de ter provado mais uma vez que a fé era uma perda de tempo, até que um aluno [Albert Einstein] pergunta ao professor se o frio existe. Com a resposta afirmativa do professor ele respondeu
-De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é suscetível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.
-E, existe a escuridão? Continuou o estudante.
O professor respondeu temendo a continuação do estudante: Existe!
O estudante respondeu:
-Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode-se estudar, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não!
Continuou:
-Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.
Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?! Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.
Finalmente, o jovem perguntou ao professor:
-Senhor, o mal existe?
Certo de que para esta questão o aluno não teria explicação, professor respondeu:
-Claro que sim! Lógico que existe. Como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal!
Com um sorriso no rosto o estudante respondeu:
-O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de D-us. D-us não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter D-us presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.
Assim, pergunto o capitalismo é cruel? Não, nem o capitalismo, nem o socialismo, nem nenhum sistema econômico. Na realidade, nós os tornamos cruéis, maus, com a ausência de ética, de responsabilidade social e de justiça social.
Menumak - Iara Margolis - 09/11/2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Rara
Rara pode ser preciosa, valiosa ou difícil. Todos concordam?
Pois bem, rara também pode ser indicação geográfica, substantivo qualificativo ou auxiliar qualitativo, sinônimo de covarde, especulação de conhecimento e surpresa, constatações, indicadores, constatação negativa, ou simplesmente uma forma de expressão.
A primeira definição é derivada da língua portuguesa, na qual todos conhecemos, a segunda, da língua árabe que significa m@%8a.
O interessante desta palavra é que se assemelha a nós, seres humanos. Quando estamos com o ego inflado, devemos lembrar que somos uma rara (árabe), e que no final todos vamos virar pó. Já nos momentos de depressão, devemos lembrar que somos uma raridade, únicos e, assim sendo, devemos buscar nossa felicidade.
Menumak - Iara Margolis - 08/11/2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Nas estrelas fazer xixi....
Suas armas e outras asneiras
Esses homens pássaros no espaço
Será que eles vem só para ver
Ou será que vem para brigar
Se for para brigar vão se ver comigo
Ponho todos de castigo
Se eles pensam que podem
Fazer aqui em cima
O que fazem na terra
Estão redondamente enganados
Aqui é o jardim do céu
Quem foi que disse
Que eles podem vir aqui
Nas estrelas fazer xixi, xixi..."
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
A capsula ilusória
Um dos meios de transportes moderno, quando tem ar condicionado, se transforma em uma capsula ilusória.
Ao entrar no carro, os indivíduos se desligam do mundo exterior e passam apenas a vislumbrar o seu eu-mundo interior. Com os vidros fechados, a maioria com película, vêem os demais carros como meras máquinas e, os valores, passam a ser compatíveis com estes maquinários. Xingar, fazer barberagens, falta de educação e falta de solidariedade com o outro: é super normal. Passar pela pobreza, tristeza, felicidade, loucura... poucos destes afetam o operador.
É como se o automóvel virasse uma proteção. A seta para dobrar, uma agressividade. O mendigo da rua é natural, um incomodo até. A agressividade recebida ou externada, normal. O vidro com película, a ilusão. Mas basta abrir o vidro e solicitar ao operador da máquina ao lado algo, que com um sorriso forçado, tudo se resolve. Mas bata, também, dar uma buzinada que, com a película ilusória, sua família é bem lembrada e, dependendo do louco, uma confusão pode estar eminente.
Os pontos a observar são: como um simples carro consegue nos alienar tanto? Como um simples carro consegue ter o poder de transformar o eu racional em eu irracional? Eu pessoal em eu maquinário? E, por fim, trocar a realidade externa pelas melodias escolhidas no rádio?
Menumak - Iara Margolis - 04/11/2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
O Cardume Jovem
O mesmo costume robótico está se passando com os jovens. O mundo está mais perdido do que nunca: questões ambientais, sociais, morais, econômicas... independente do segmento vemos a ordem gritar por atenção, por uma mudança. E nós, jovens, continuamos seguindo nossas vidas, com os olhos arregalados, as antenas ligadas, fingindo que estamos no controle [de nossas vidas], onde na realidade estamos simplesmente no piloto automático.
Justo nós, cujo temos o poder e a coragem de enfrentar e mudar a correnteza, esquecemos da nossa importância social. Justo nós, que alteramos inúmeras vezes a história; Justo nós que ainda acreditamos no futuro; Justo nós, que já fomos às ruas, com caras pintadas, esquecemos de como e quando lutar.
Menumak - Iara Margolis - 03/11/2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
O Trem Mágico
Na época do Trem da Alegria e do Balão Mágico, o entretenimento infantil tinha um alicerce de valores e ingenuidade que se perdeu ao longo do tempo.
Nos Smurfs e na Turma da Mônica, o ápice da violência era sansão voando e Gargamel correndo. As músicas ainda falavam de paz, felicidade, amizade, ensinavam valores e instigava a criatividade e a imaginação. Os planos cruéis eram tão cruéis que algum vilão precisava ter nome forte para, pelo menos, existir um ponto realmente malígno: Coração Gelado, Vingador, Cruel, Esqueleto, Dick Vigarista...
Ultimamente venho acompanhando alguns desenhos ‘infantis’, ou que dizem o ser, e me espanto com os temas abordados.Em um destes foi feito a reprodução em desenho de um reality show. Vale salientar que foi muito bem elaborado, interessante, com humor peculiar e satirizado, porém, nada infantil para esse real reality show, cujo demonstra todos os apelos de forma caricaturada. Em outros, a violência, a agressividade e a falta de educação e respeito são pontos para refletir. Outra parcela, a banalização de temas nem um pouco infantil. E ainda existem outros que instigam a superficialidade e a felicidade nos bens materiais, no consumo e na incansável satisfação de desejos pessoais, enfatizando o individualismo moderno. E, assim, aquele Trem da Alegria esta se perdendo tão rápido quanto aquele Balão Mágico.
A evolução nos trouxe muitos benefícios, mas com ela está trazendo, entre diversos aspectos, o encurtamento do que há de mais belo na infância: a ingenuidade.
Ser ingênuo não é ser bobo, nem tolo, para esta idade. Ser ingênuo, para uma criança, é simplesmente ver o mundo simplificado e belo da forma como nós não conseguimos mais vê-lo.
Menumak - Iara Margolis - 02/11/2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Quando uma criança…
Sugerimos que se levante;
Quando uma criança está triste ou chora,
Ficamos ao seu lado e ajudamos a passar por este tempo difícil;
Quando uma criança dá um abraço,
Retribuímos com outro, acompanhado de um sorriso;
Quando uma criança grita,
Escutamos e aconselhamos;
Entretanto, por que restringimos apenas às crianças?
Menumak - Iara Margolis - 01/11/2010
domingo, 31 de outubro de 2010
O Egotariado
Obviamente que isso é uma generalização, há diversos casos que voltam à essência do voluntariado. Contudo, infelizmente, muitos o fazem pelo ego[tariado]. O que, de certa forma, não é errado. Ajudar o próximo é, principalmente, uma ajuda a si mesmo. Pela visão talmúdica, o que recebe dá uma grande oportunidade ao doador. Logo, o doador é uma pessoa abençoada por ter esta oportunidade.
Ainda no judaísmo, as pessoas têm o dever social de ajudar: tzedaká. Tzedaká, uma palavra de origem hebraica, tem sua essência em Tzedeck, justiça. Então, ajudar o próximo é, simplesmente, uma justiça social, um conserto do mundo.
Infelizmente, hoje, muitos a fazem por reconhecimento. Todavia, esta palavrinha de difícil pronuncia, é tão forte que subdivide oito tipos distintos de ‘justiças’, da mais elevada espiritualmente a menos elevada, sendo todas elas honradas. A mais elevada é quando as duas partes não se conhecem, não ocorrendo constrangimento, assim, a tzedaká é feita com a mais pura nobreza, pela essência de ajuda. Vai-se descendo os degraus, até chegar ao oitavo degrau, onde ambas as partes se conhecem e o doador não a faz de coração.
Felizmente, essa é uma escada. Estar no primeiro degrau já é um passo para subir aos próximos. Quem sabe um dia as pessoas não se preocupem mais em fazer e menos em [a]parecer. Quem sabe um dia o egotariado se torne, mais uma vez, um ‘voluntariado’.
Menumak - Iara Margois - 31/20/2010
sábado, 30 de outubro de 2010
O processo seletivo
Seja bem vindo a exposição de sua vida! Hoje em dia as empresas não querem mais saber apenas de currículo. Experiência no exterior, trabalhos voluntários, trabalhos anteriores, relacionamentos, personalidade, criatividade, liderança, pró-atividade, conhecimentos gerais, específicos, lógica... são tantos os critérios que apenas para escrever levaríamos o artigo todo, com chances de esquecer.
E para validar toda essa pesquisa, ai sim, vem o grande desafio. São provas, trabalhos, criação de blog, vídeo ou histórias, questionários, mais provas, percepções, currículo seu e familiar, desde seus avos aos planos para os seus netos, teste de valores, jogos online, jogos “offline”, entrevistas e mais entrevistas.
E, finalmente, depois de meses em um processo seletivo, parabéns! Você pode ter conseguido o emprego dos seus sonhos: estagiário, assistente ou até mesmo, virar analista.
Quem dera ter um processo tão rigoroso apenas para se tornar nossos candidatos na política!
Menumak - Iara Margolis - 30/10/2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Direitos ou Deveres: A Balbúrdia.
“O seu direito termina onde começa o do outro” [ditado popular]
Direitos, direitos e mais direitos. O mundo está infestado de direitos. Todo mundo os têm, os querem , os almejam e os exigem.
Interessante a observar é que poucos falam em deveres, e os que falam, remetem a segundo plano. Como membros sociais, o dever é muito mais responsável e sustentável que os direitos.
Com a mudança de uma simples palavra, toda uma ‘macropercepção’ é alterada. A responsabilidade, que antes era repassada para um terceiro, passa agora a ser do próprio indivíduo. Cada um passa a ser responsável por seus atos, pelo social, se tornando, também, parte do contexto, de suas causas e de suas conseqüências. Resultando em mais ações, mais reflexões e menos cobranças.
Precisamos de menos foco nos direitos e mais foco nos deveres, nas responsabilidades e nas ações efetivas.
Menumak - Iara Margolis - 29/10/2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
O âmago interesseiro
Uma palavra poderia responder: Interesse.
Exatamente, senhores e senhoras, nós, como seres humanos, somos movidos a interesses. Obviamente de inicio há uma negação. Essa afirmação aparenta ser radical, feia e imoral. Entretanto, ela é a mais pura verdade. O interesse faz parte inerente do que fazemos e do que somos.
O interesse pode ser visto como uma vantagem, como conveniência para algo, ou, um proveito, o que também é motivador de ‘n’ fatores. Todavia, é também o desejo, o despertar a atenção (ou curiosidade) para algo, o participar.
Nossas relações, atos, pensamentos, todos eles estão pautados em nossos mais profundos interesses. Que, por sua vez, podem ser egoístas ou sociais, porém continuam sendo meros interesses. E, é isso que nos torna seres interessados, interesseiros e interessantes.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
O cliente sempre tem razão, tem?
Isso mesmo, o capitalismo transformou-nos, “pobres” consumidores, em monstros: super-heróis com um rei em suas respectivas barrigas. A partir do momento que sabemos que não temos razão e, sem razão, ganhamos razão, passamos, assim, a poder exigir o que não podíamos. Legitimamos poderes que não eram legítimos. E, transformamos o certo em errado, o errado em certo, o certo em certo e o errado em errado, variando aleatoriamente de acordo com o gosto do freguês. E, se, ele [o freguês] não tem gosto, assumimos que o sem gosto passa a ser um gosto, e, dependendo, o mau gosto até mesmo se transforma em um bom gosto.
Logicamente: Se todos somos clientes e o cliente sempre tem razão, logo, todos nós temos razão. Assim sendo, quem realmente tem razão?
terça-feira, 26 de outubro de 2010
A arte de desafiar: Eu duvido!
Em suma, o desafio pode ser visualizado sob duas óticas distintas: a do desafiador e a do desafiado.
O desafiador sente o desejo de que o outro faça a determinada tarefa pela mera exposição, ou uma satisfação pessoal em provocar, ou ainda a desconfiança da capacidade alheia. Já o desafiado, sente-se amedrontado, em uma emboscada, em uma situação de ter que provar para um outro, ou, até para consigo mesmo, algo. Algo este, que pode levar o desafiado a uma situação de aprendizado ou uma situação desconfortante por fazer algo pelo simples fato de provar o que foi provocado.
Se, ao analisar o desafio, for percebido pelo desafiado que é interessante e que ele tem a ganhar, torna-se um desafio válido, construtivo e positivo. Entretanto, se a percepção for pela mera aprovação, cabe o questionamento sobre a necessidade inerente dos seres humanos de se auto-afirmarem e a validade de realização do desafio.
Pela própria definição da palavra, a arte de desafiar encontra-se em uma divisória entre o convidar, sugerir e entre o provocar, expor. Ainda na configuração da mesma, o fiar (desa+fiar) significa fé (do latim fidere). E, curiosamente, quando nos duvidamos questionamos e suspeitamos. Questionamos o outro, suspeitamos sobre nossas crenças e questionamos a confiança, que, por sua vez, norteia os relacionamentos e, conseqüentemente, cria a necessidade de uma resposta do desafiado: sim ou não.
Menumak - Iara Margolis - 26/10/2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Frugalidade
sábado, 23 de outubro de 2010
Idoneidade: Confirma!
Acho impressionante a inversão de valores na qual a sociedade está vivenciando na atualidade. O que era para ser óbvio, inquestionável e indiscutível, passou a ser trivial, secundário e flexível.
Estou falando da falta de sensibilidade que estamos tendo e, pior, aceitando. Violência passou a ser algo natural em nossos dias, ou seja, normal. Ética e honestidade passaram a ser questionadas, dependendo da situação e da “personalidade” referente.
Diante disto pergunto, onde iremos parar?
Honestidade é ser verdadeiro, coerente. Sem mentir ou enganar. Já a ética, está embasada nos princípios morais, de acordo com os valores de cada ser humano. A origem dessa palavra é grega (ethos), que significa “modo de ser” ou “caráter”. Se passarmos a questionar a validade de honestidade e ética, passaremos, também, a questionar o caráter, a moral e os nossos valores e os da nossa sociedade. Assim, assumimos que os princípios básicos podem ser móveis, adaptados, e reconfigurados de acordo com as situações e nossas necessidades.
Melhor que discutir política e economia, deveríamos discutir sociedade. Precisávamos fazer uma eleição de valores pessoais e sociais. Precisávamos recriar as bases e princípios. Precisávamos parar para refletir e discernir o que realmente é importante e o que, simplesmente, é trivial. Do que é mutável e do que é fixo. Para, só assim, levantar bandeiras e voltar a sonhar com futuros melhores e sustentáveis.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
As utópicas crateras dos caminhos
Você está andando feliz da vida no maravilhoso trânsito das grandes cidades brasileiras. Quando de repente, não mais que de repente, seu carro resolve virar o super homem e dá um salto quase mortal. O que teria sido aquilo? Um mau motorista? Um obstáculo no meio da pista? Ou quem sabe um BURACO? Mas um buraco resultaria em um salto circense desses? Não... Não é possível! Então, aquela potência seria uma CRATERA??? Uau!
Eis que surge a pergunta obvia: Qual é a diferença entre buraco e cratera?
Segundo o dicionário online Priberam:
Buraco s. m. 1. Abertura ou ruptura!rutura em qualquer superfície. 2. Toca. 3. Fig. Casa pequena. 4. Lacuna, falta. 5. Dívida. 6. Emprego modesto. 7. Cova, cavidade.
Cratera (é) s. f. 1. Abertura por onde saem as matérias expelidas por um vulcão. 2. Grande taça com duas asas, por onde os Antigos serviam o vinho. 3. Fig. Calamidade. 4. Origem de desgraças.
Prontíssimo, chegamos ao nosso tema principal: As crateras dos caminhos. Companheiro, a toca (def. A2) é mais embaixo. Estamos diante de uma calamidade (def. B3) pública, uma lacuna (def. A4) na ética e responsabilidade social. Uma pequena ruptura na superfície de uma pista (def. A1) resulta em uma abertura para expelir as brasas de matérias vulcânicas (def. B1), ou por bem dizer, a vergonha social. Alguns seres em seus empregos modestos (def. A6), sentados em suas casas pequenas (def. A3) tomando vinhos em grandes taças com asas (def. B2) vagam os seus pensamentos em como originar mais uma desgraça (def. B4) no cotidiano alheio. Tudo isso a espera da hora de saírem de suas covas (def. A7) para iniciar uma campanha sínica aguçando a dívida (def. A5) de seu caráter moral, com um simples sorriso no rosto solicitando, mais uma vez, a sua credibilidade.
Ufa!!! Ainda bem que isso não passa de uma utopia!
Menumak - Iara Margolis - 07/09/2010
domingo, 23 de maio de 2010
Que seja eterno enquanto dure! Mas nós temos opção do tamanho do eterno!
“Ah, foi a vida... cada um tomou seu rumo!”
Quantas vezes não colocamos a culpa na vida para situações de desencontros com entes queridos? Divórcios, fim de relacionamentos, amizades, familiares... não há quem não passou (ou não vá passar) por um desencontro deste.
Para muitos, a vida é a desculpa. Para mim, a incompatibilidade de momentos é a resposta. O fato é que nossa vida é baseada em escolhas. Estas, por sua vez, estão baseadas na realidade nas quais vivemos. O que acreditamos ser certo hoje, talvez amanhã não seja mais. Como também, talvez seja.
Estas divergências com nossas próprias opiniões, acrescidas com estes mesmos fatores das pessoas a nossa volta se tornam motivos constantes de desordem. E o resultado desta equação é que cada um toma seu rumo. Mas a culpa não é da vida, é nossa!
O dialogo, o respeito e o entendimento das mudanças (que sempre vão aparecer) são as chaves para prolongarmos o tempo de um relacionamento. Temos que parar de colocar a culpa em fatores externos e assumir as nossas responsabilidades. Aproveitar enquanto os momentos são compatíveis e, saber contornar os incompatíveis.
As mudanças são constantes, cabe a nós convergi-las a nosso favor.
Menumak - Iara Margolis - 23/05/2010
domingo, 16 de maio de 2010
Realmete somos os animais racionais?
Você não acha que esta é uma afirmação meio prepotente nossa?
Nós achamos que somos os mais espertos do mundo, os reis. Entretanto, os verdadeiros reis não precisam dizer que eles são reis. O motivo? As pessoas já sabem, a autoridade é legitima.
Mas nós, não... nós precisamos afirmar que somos os poderosos, que somos mais inteligentes, que nós pensamos, somos seguidos por lógica, diferente dos demais.
A ironia é que o mundo, hoje, está pedindo socorro. A nossa inteligência trouxe-nos para o desenvolvimento atual, algo glorioso. Em contra partida, a nossa arrogância para os problemas ambientais.
Por acharmos que sabemos de tudo e que podemos ultrapassar qualquer limite, nos esquecemos da humildade de que isso pode não ser verdade.
E a verdadeira força do mundo, o meio ambiente – nosso habitat – resolveu nos lembrar nossos limites. Em algum momento da desordem, a ordem reaparece. E, agora, está na hora de acordarmos, de realmente sermos racionais: parar de pensar com a barriga (ambição) e começar a pensar com a cabeça.
Se não protegermos o que nos pertence, a próxima espécie que nos estudar nos rotulará de animais irracionais. Afinal, por sermos racionais somos os únicos que agimos irracionais e destruímos o nosso habitat.
Menumak - Iara Margolis - 16/05/2010
sexta-feira, 16 de abril de 2010
De Heródoto Barbeiro
“Todo mundo 'pensando' em deixar
um planeta melhor para nossos filhos...
Quando é que 'pensarão' em deixar
filhos melhores para o nosso planeta?”
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Sem Culpa, Com Culpa ou DesCulpa?
Pois bem, para mim são exceções (e raras) as situações nas quais alguém assume o erro e visa a melhoria continua e não a competição pela razão continua.
Que mal existe em assumir um erro, um equivoco ou uma frustração seja lá do assunto abordado? Que vantagem há em ganhar uma batalha pela razão e não uma batalha pela “aprimoração”?
Pergunto que culpa tem em ter culpa? É uma ofensa a desculpa ou um orgulho a sem culpa com culpa?
Uma desculpa pode ter menos culpa do que uma razão com culpa!
Meumak - Iara Margolis - 15/04/2010
domingo, 7 de março de 2010
Geração Descartável
Existe algo mais cômodo que em uma festa de aniversário colocar copos e pratos descartáveis? Trabalho zero! Acabando a festa tudo o que se precisa é de um saco de lixo e uma vassoura.
Questões ambientais e políticas a parte, vamos nos focar nas questões sociais.
Estamos tornando nossos bens descartáveis, assim como nossas roupas, os objetos, até os relacionamentos são superficiais. O pior é permitirmos tornar a nossa filosofia de vida descartável, pois temos a errônea idéia de que tudo podemos trocar, jogar fora.
Deixamos de pensar no próximo, no mundo, nas conseqüências dos nossos atos, pois tudo podemos dar um simples DEL.
Manumak - Iara Margolis - 07/03/2010
domingo, 31 de janeiro de 2010
Sangue Azul
Por que o seu sangue é mais azul? Explicarei melhor esse questionamento.
No século VIII, na Espanha, a nobreza indicava a sua veia azul como sinônimo de nobreza. Então o questionamento poderia ser reformulado para: por que nos achamos mais importantes que os outros? Ou simplesmente por que os outros são mais importantes do que eu?
Atualmente, em qualquer âmbito social, podemos fazer essas perguntas: No transito, nos shoppings centers, nos relacionamentos de amizade, em nosso ciclo familiar, empresa, entre outros. Um exemplo clássico é o indivíduo que estaciona seu carro no meio da rua, para aguardar algo, atrapalhando todo o transito. Se você está no carro e alguém buzina a resposta é “que pessoa mal amada, não pode esperar um minuto”, entretanto se você está atrás de uma pessoa que lhe atrapalha, já reclama “não pensa no coletivo, que absurdo atrapalhando o transito todo”.
E quem tem razão?
A razão está na falta de empatia, hoje perdemos o poder de nos colocarmos no lugar dos nossos semelhantes, de escutar, de entender o mundo e com isso achamos que nossos problemas são mais importantes. Logo, que nós somos mais importantes, acentuando o ciclo do individualismo e falta de coletividade.
Então sugiro o questionamento do “sangue azul”, enfatizando que as veias, que dão a aparência azulada, nada mais são que a “tubulação de retorno” do sangue “sujo” ao coração e pulmão, para sua purificação.
Menumak - Iara Margolis - 31/01/2010
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Das babás aos problemas sociais modernos
Aquilo me revoltou e ao longo da espera mais e mais babás chegavam, com os “seus” bebês e suas respectivas patroas. Muitas das perguntas preliminares feitas pela secretária, as babás respondiam melhor que a própria mãe da criança. E, em enumeras vezes a criança buscava chamar atenção de sua mãe, entretanto era recriminada.
Analisando a situação sob outra ótica, acompanhamos nos jornais e nos noticiários casos de agressão e desrespeito dos jovens para com os pais, em sua maioria por motivos banais. A falta de diálogo e afeto, envolvimento cada vez mais precoce com o álcool e demais tipos de drogas, acentua esta violência que extrapola os limites ético-sociais, motivados por uma rebeldia aparentemente sem causa. Mas, o por que disto? Como a sociedade chegou a esse ponto?
Em uma análise de lógica básica, podemos concluir que partindo das babás chegamos aos problemas sociais modernos. Podemos visualizar que as pessoas antigamente sonhavam em constituir uma família. Na primeira oportunidade casavam e tinham seus filhos. Atualmente os jovens, em sua maioria, almejam o sucesso profissional, sem com isso abandonar a vontade de encontrar um parceiro que compartilhe de seus sonhos e desafios do dia-dia. Enquanto alguns jovens almejam casar e ter filhos, outros deixam “a vida os levar”. Até está analise, nada demais. O problema se dá quando o filho nasce e a busca incansável dos pais pelo sucesso se torna maior que suas obrigações paternas. As cobranças profissionais são grandes e as pressões do nosso cotidiano os fazem abdicar ou até mesmo terceirizar suas famílias.
Assim, chega a figura da babá. Os filhos obviamente sentem essa ausência, resultando em uma enorme carência afetiva, que desenvolve e gera uma espécie de “vale-tudo” para chamar a atenção dos pais. Em decorrência da imaturidade da idade, a forma de chamar a atenção; algumas vezes equivocadas, e em muitos casos exagerada, enfrentam com isso, sermões, castigos ou até mesmo agressões físicas ou verbais. Essa criança cresce carente. Essa carência é acumulada e transformada em ações impactantes ao longo de suas vidas, podendo pender para dois caminhos:
1. A superação para o positivo. O esforço para ter um elogio, torna os terceirizados em pessoas surpreendentes e profissionais brilhantes;
2. A superação “vale-tudo”: Rebeldia, violência, traquinagem, “pegação”, drogas, bebidas, e ultrapassar os limites estabelecidos – a obsessão pelo fazer errado.
Ambos os caminhos refletem a sociedade que estamos lentamente criando. Filhos fascinantes ou problemas gritantes. O grande destaque é que o segundo ponto chama mais a atenção, uma vez que as ações são preocupantes para a sociedade.
Desta forma me pergunto: Onde se encontram as críticas ao excesso de babás? As negligências dos pais? A falta de educação, limites e preocupação com o futuro?
Se realmente nos preocupamos com o futuro de nossa sociedade e de nossos filhos, não deveríamos nos doar mais ao próximo? Importarmos-nos mais com nossos semelhantes? Um bom começo seria, a meu ver, começarmos isso dentro de nossas famílias.
Menumak - Por Iara Margolis 21/01/2010