terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Trem Mágico

Superfantástico amigo como era bom aquele balão...
Na época do Trem da Alegria e do Balão Mágico, o entretenimento infantil tinha um alicerce de valores e ingenuidade que se perdeu ao longo do tempo.

Nos Smurfs e na Turma da Mônica, o ápice da violência era sansão voando e Gargamel correndo. As músicas ainda falavam de paz, felicidade, amizade, ensinavam valores e instigava a criatividade e a imaginação. Os planos cruéis eram tão cruéis que algum vilão precisava ter nome forte para, pelo menos, existir um ponto realmente malígno: Coração Gelado, Vingador, Cruel, Esqueleto, Dick Vigarista...

Ultimamente venho acompanhando alguns desenhos ‘infantis’, ou que dizem o ser, e me espanto com os temas abordados.Em um destes foi feito a reprodução em desenho de um reality show. Vale salientar que foi muito bem elaborado, interessante, com humor peculiar e satirizado, porém, nada infantil para esse real reality show, cujo demonstra todos os apelos de forma caricaturada. Em outros, a violência, a agressividade e a falta de educação e respeito são pontos para refletir. Outra parcela, a banalização de temas nem um pouco infantil. E ainda existem outros que instigam a superficialidade e a felicidade nos bens materiais, no consumo e na incansável satisfação de desejos pessoais, enfatizando o individualismo moderno. E, assim, aquele Trem da Alegria esta se perdendo tão rápido quanto aquele Balão Mágico.

A evolução nos trouxe muitos benefícios, mas com ela está trazendo, entre diversos aspectos, o encurtamento do que há de mais belo na infância: a ingenuidade.

Ser ingênuo não é ser bobo, nem tolo, para esta idade. Ser ingênuo, para uma criança, é simplesmente ver o mundo simplificado e belo da forma como nós não conseguimos mais vê-lo.
Menumak - Iara Margolis - 02/11/2010

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