quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O domador: A divergência entre o ódio, o amor e o preconceito

O preconceito deveria ser o conceito prévio em relação a algo (pré + conceito), porém passou a ser a opinião desfavorável sem bases objetivas, ou seja, a intolerância. Que, muitas vezes, se torna uma cegueira moral.
Esta cegueira, por sua vez, pode resultar na rejeição, antipatia ou, ainda, na aversão. Na qual podemos traduzir para a palavra ódio.
Ódio, este, sem bases objetivas. Se tornando um desrespeito perante o outro devido a uma intolerância.
Entretanto, este mesmo ódio tem uma aproximação de oposição e atração com o amor. Retirando o sentido da paixão, o amor é um sentimento que induz a aproximação e a proteção. Representa, também, uma ligação intensa que transcende ao físico ou, ainda, uma ligação afetiva que, paradoxalmente, é o oposto do ódio.
Interessante a observar é que quem odeia nutre um sentimento que induz a aproximação, como também nutre uma ligação intensa. Divergindo do amor, a aproximação ocorre em um sentido deteriorador, algumas vezes doentio, já a ligação no sentido maléfico, de desafeto.
E o preconceito? O preconceito é inerente de todo o ser humano no sentido primário. Tudo o que diverge daquilo que representa o mundo e o conhecimento particular de cada um gera uma aversão e uma elaboração de um conceito sem embasamento. A diferença está no domador. Quando o preconceito doma o indivíduo, a intolerância, às vezes com o ódio, aparece; Quando o indivíduo doma o preconceito, o crescimento espiritual, às vezes com o amor, surge.
Menumak - Iara Margolis - 17/11/2010

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