sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Do questionamento às explicações, tudo uma questão de espaço. Enter!

Quando somos pequenos, passamos pela fase dos “por quês”. Uma fase de aprendizado, questionamento e humildade. Onde assumimos que não sabemos de nada e permitimos que o diferente se torne atraente. O mundo parece fascinante, há perguntas, curiosidades e duvidas em todos os detalhes. Da simplicidade da vida à complexidade.
Com o tempo, as pessoas vão nos podando até chegar ao ponto que não nos permitimos mais o desconhecido. Onde os questionamentos perdem para as explicações e justificativas.
Trocamos o “por quê” pelo “porquê”. Com a retirada sutil de um simples espaço, bloqueamos nossa humildade e eis que surge nossa arrogância. Já somos maduros o suficiente para explicar, já temos o conhecimento necessário do saber. E perguntar, se transforma em um mero ato do passado, no qual as vezes sentimos vergonha e queremos esquecer. E, outras vezes, temos um retrocesso rápido de questionar uma grande inquietação, sempre com o filtro de tolisse: de como esta dúvida será vista pelos outros.
E, assim, perdemos nossa curiosidade para o futuro. Mais do que isso, estagnamos o nosso crescimento diante de um espaço imposto pela sociedade, entretanto aceito por nós mesmos. Cabe a nós decidir se damos um enter ou um backspace (apagar). Nunca é tarde para se questionar e voltar a esse encantamento e essa fascinação infantil pelo mundo.
Menumak - Iara Margolis - 19/11/2010

Quem é o pai?

Uma senhora chega para doar seu filho a um orfanato. O diretor pega todas as informações necessárias do menino, histórico familiar, nome da mãe, entretanto, quando chega no nome do pai se depara com a seguinte resposta:

- É o nosso Presidente Dr.
-Como assim o nosso Presidente?
- Ué, é o nosso Presidente que dá o nosso ganha pão.
Sem saber o que responder, o diretor pergunta:
- Mas quem ajudou a fazer a criança? Quem é o pai biológico dele?
- Ah! Assim sim! Mas infelizmente eu não sei, só sei que estava de palhaço no carnaval de 2005.

E agora, quem é o pai da criança?
O pai biológico, o palhaço; o pai que sustenta, o governo; ou o pai que ensina, os pais adotivos (se ela tiver sorte)?

A reflexão sobre paternidade ficará a cargo de cada leitor... O ponto a ser questionado aqui é quem é o verdadeiro palhaço?
O pai biológico, que estava fantasiado de palhaço; a mãe, que fez essa bagunça toda, colocando mais uma vítima no mundo; o governo, que alimenta tudo isso; a criança, que é a mais envolvida e a menos envolvida ao mesmo tempo; ou nós, que sustentamos tudo isso indiretamente?

Talvez o que estava fantasiado de palhaço esqueceu de contar quem ele estava imitando...
Menumak - Iara Margolis - 19/11/2010

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Tudo bem e sua banalização

Atualmente o “tudo bem?“ se tornou um mero “oi”, “olá”. Não sei se por educação ou por indução, todos perguntam e poucos realmente querem saber a resposta.
Se você ouve um “tudo bem?”, mesmo não estando, a resposta é positiva. Afinal, você já imaginou esta situação:
- E aí, tudo bem?
- Não, não está nada bem! Na verdade está tudo péssimo, meu cachorro se suicidou, minha casa pegou fogo, cai da escada e ....
E... Muitos não estão mais nem escutando, nem interessados e um pouco mal humorados por estarem recebendo tanta carga negativa em uma única pergunta. Ainda há os mais radicais que pensem: Já não basta as nossas cosias ruins e as coisas ruins do mundo, ainda temos que saber a dos outros?
Digamos ser um pouco estranho, não muito normal. Algumas vezes quando estamos respondendo nos deparamos que a pessoa nem mais se encontra no local. Outras vezes, pode até se encontrar fisicamente, mas mentalmente ou verbalmente já está em outro ponto.
A situação está em uma situação em que algo tão humano e bonito, em saber como a outra pessoa está, passasse a ser banal, trivial e comum. Sem sentido, sem interesse e sem afeto.
O tudo bem foi banalizado de uma forma tão devastadora como a vontade em saber do outro. Nas raras vezes de interesse verdadeiro, para a captação do receptor, é necessário a repetição da pergunta de formas diferentes, simplesmente para saber o que antes já havia sido perguntado: se está tudo bem!
Menumak - Iara Margolis - 18/11/2010

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O domador: A divergência entre o ódio, o amor e o preconceito

O preconceito deveria ser o conceito prévio em relação a algo (pré + conceito), porém passou a ser a opinião desfavorável sem bases objetivas, ou seja, a intolerância. Que, muitas vezes, se torna uma cegueira moral.
Esta cegueira, por sua vez, pode resultar na rejeição, antipatia ou, ainda, na aversão. Na qual podemos traduzir para a palavra ódio.
Ódio, este, sem bases objetivas. Se tornando um desrespeito perante o outro devido a uma intolerância.
Entretanto, este mesmo ódio tem uma aproximação de oposição e atração com o amor. Retirando o sentido da paixão, o amor é um sentimento que induz a aproximação e a proteção. Representa, também, uma ligação intensa que transcende ao físico ou, ainda, uma ligação afetiva que, paradoxalmente, é o oposto do ódio.
Interessante a observar é que quem odeia nutre um sentimento que induz a aproximação, como também nutre uma ligação intensa. Divergindo do amor, a aproximação ocorre em um sentido deteriorador, algumas vezes doentio, já a ligação no sentido maléfico, de desafeto.
E o preconceito? O preconceito é inerente de todo o ser humano no sentido primário. Tudo o que diverge daquilo que representa o mundo e o conhecimento particular de cada um gera uma aversão e uma elaboração de um conceito sem embasamento. A diferença está no domador. Quando o preconceito doma o indivíduo, a intolerância, às vezes com o ódio, aparece; Quando o indivíduo doma o preconceito, o crescimento espiritual, às vezes com o amor, surge.
Menumak - Iara Margolis - 17/11/2010

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mazal Tov!

O dia que nascemos é comemorado a cada ano de nossas vidas. Um dia que os mais próximos, ou não, lembram e nos ligam desejando coisas boas e parabéns.
Segundo a religião judaica, o aniversário é uma data de sorte. Como foi o dia que nascemos, cada ano que passa esta mesma data nos dá a possibilidade do renascimento. Uma possibilidade de renovar, de comemorar o novo, uma chance de tentar novamente.  Um dia de comemorar a vida e a alegria de se estar nela.
Ainda pelo judaísmo, o dia do aniversário também deve ser um dia de reflexão e um dia de se fazer boas ações. Refletir ,pois, só podemos renovar e tentar quando pensamos e lembramos o que fizemos, o que acertamos e o que erramos. E, só assim, podemos dar uma chance para o novo ou o “denovo”. Já as boas ações, todos podemos compartilhar a nossa sorte com outras pessoas. Já que o aniversariante tem tanta energia e bons investimentos, deve compartilhá-los com a sociedade, fazendo outros sorrisos brilharem.
Assim, neste dia especial não desejamos parabéns [felicitações], mas sim Mazal tov! Onde a tradução literária do hebraico significa boa sorte, mas na idéia talmúdica significa “uma boa e favorável constelação zodiacal”.
Menumak - Iara Margolis - 16/11/2010

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Menos História; Mais Educação

Quantas vezes o menos pode se tornar mais?

Pois bem, aqui é um dos pontos que isto é verdadeiro. Nossa educação está com problemas, o que não é novidade para ninguém. Todavia, os problemas, referentes neste texto, distinguem da qualidade de transmissão das matérias.

Não é referente ao grau de história ou matemática aprendido pelos alunos, nem de português ou ciências. Mas sim referente ao grau de educação transmitidos e recebidos.

Educação aqui consiste na idéia primitiva de ter educação e não ser mal educado. Consiste nas normas pedagógicas tendendo ao desenvolvimento do corpo, espírito e caráter. Desenvolvendo a consciência, o raciocínio comportamental perante si próprio, o grupo e o [meio]ambiente.

Quem sabe se tirássemos alguns minutos das aulas de história, matemática, ou de ciências, poderia ser também a de português, inglês, estudos sociais, geografia... não importa. O importante seria a abertura de um novo espaço e uma nova mentalidade. Seria a inserção de temas essenciais na educação, na formação de valores e caráter sólidos, na criação de cidadãos responsáveis, conscientes e com comportamentos compatíveis. E, assim, realmente educássemos.
Menumak - Iara Margolis - 15/22/2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Educação Zimbabueana

Recentemente saiu uma pesquisa mundial onde iguala o tempo de estudo dos brasileiros com os dos zimbabueanos, sendo de 7,2 anos. Tudo bem que temos que avaliar indicadores não apenas quantitativamente, como também sua representatividade, ou seja, se são eficazes e eficientes.
Infelizmente, sabemos que no Brasil este setor está aquém do desejado. Pelo lado positivo, bom para os zimbabueanos que tiveram sua educação igualada a de um país emergente!

Contudo, este ponto nos remete a uma reflexão mais importante, sobre a nossa educação. Mais do que em anos, mas referente a eficiência e eficácia que estamos tendo. Por um lado, se em apenas 7,2 anos conseguimos transformar, crescer e aprender tanto, imaginem se nós tivéssemos mais tempo de estudos com melhor qualidade? Isso demonstra o potencial brasileiro. Já que falamos tanto do risco Brasil, talvez seja interessante vermos que temos o potencial Brasil que pode superar, ou não, todas as previsões.

O “ou não” é referente à um ponto da nossa cultura que é o jeitinho brasileiro, onde entra o outro lado da história. A violência, o desrespeito, as enrolações, mentiras, o vangloriar de fazer algo errado e o ser cidadão, ao meu ver, só fizeram piorar. Para estes índices há poucos mensuradores qualitativos e que representam a nossa realidade.
Menumak - Iara Margolis - 12/11/2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

E,Nem é pau!

A expectativa de vida brasileira é de 73,1 anos [IBGE,2009]. Assim, um jovem no terceiro ano, com apenas 23,26% de sua vida vivida, terá que escolher o seu futuro para dedicar mais, em média, 6% de sua vida numa faculdade. Onde recebem uma pressão ilusória que esta decisão decidirá seus próximos 76,74% da vida.
Uma pressão desesperadora para os “feras” e uma indústria milionária de suporte. O fato é que depois de uma decisão difícil de que curso fazer, investimentos financeiros, de tempo, emoções, expectativas e muitos sonhos estão envolvidos e lançados a sorte, ao estudo e ao autocontrole. Hoje, passam anos se preparando. Cursinho, estudos, testes vocacionais, mudança de colégio, classes específicas, abdicação de estarem com os amigos e curtindo a vida...  Tudo para tentar o vestibular. Correto?
ENem é pau! Ai ficamos diante de uma novela absurda que fazem estes jovens passarem.
Tudo começa com o despreparo econômico, vangloriando as faculdades e não dando valor e pouco absorvendo os cursos técnicos. Depois, quem realmente segue a profissão que fez?
Não menciono que o estudo não é importante, muito pelo contrário, é um dos bens mais preciosos que temos, ficando atrás apenas de nossas vidas, da nossa família/entes queridos e da nossa consciência. Entretanto questiono se o mercado comporta tantos formandos? Como a resposta é negativa, termina com a ausência de dar o que é de César a César. Termina desvalorizando os cursos de longa duração e não dando a importância dos cursos de curta duração.
Assim, obrigam os cidadãos a estudarem mais, trabalharem mais, em empregos inferiores ao que foram capacitados, ganhando menos por um inchaço na concorrência.
Depois, se esta é uma decisão tão importante no nosso contexto, por que motivo devemos tomar esta decisão tão cedo?
E, tudo termina com a proibição de relógios, lápis, borrachas, vazamento de temas de redação e talvez um cancelamento de prova. Mas, com toda certeza, muita indignação e desrespeito as famílias e ao cidadão.
Menumak - Iara Margolis - 11/11/2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Os Milagres

Interessante observar que antigamente existiam tantos milagres e hoje, a ausência quase total deles.

Ao meu ver, hoje existe tantos milagres quanto na antiguidade. A diferença é que antes nós simplesmente os aceitávamos como milagres e hoje, tentamos explicá-los cientificamente ou simplesmente chamá-los de sorte, coincidência ou destino. Será que realmente são apenas casos científicos, sorte, coincidência ou destino?
Menumak - Iara Margolis - 10/11/2010

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O capitalismo é cruel?

O capitalismo é cruel? Vemos hoje tantas pessoas carentes, passando fome, sem ter onde dormir, passando frio [...] e outros com tudo em excesso e abundância...

Na Alemanha, no início do século XX, em uma conferência universitária um professor de uma universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:

“D-us criou tudo o que existe? Se D-us criou tudo, então D-us fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então D-us é mau?”

O professor feliz, regozijava-se de ter provado mais uma vez que a fé era uma perda de tempo, até que um aluno [Albert Einstein] pergunta ao professor se o frio existe. Com a resposta afirmativa do professor ele respondeu

-De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é suscetível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.

-E, existe a escuridão? Continuou o estudante.
O professor respondeu temendo a continuação do estudante: Existe!

O estudante respondeu:
-Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode-se estudar, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não!

Continuou:
-Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.
Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?! Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.


Finalmente, o jovem perguntou ao professor:
-Senhor, o mal existe?


Certo de que para esta questão o aluno não teria explicação, professor respondeu:
-Claro que sim! Lógico que existe. Como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal!


Com um sorriso no rosto o estudante respondeu:
-O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de D-us. D-us não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter D-us presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.

Assim, pergunto o capitalismo é cruel? Não, nem o capitalismo, nem o socialismo, nem nenhum sistema econômico. Na realidade, nós os tornamos cruéis, maus, com a ausência de ética, de responsabilidade social e de justiça social.
Menumak - Iara Margolis - 09/11/2010

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Rara

Uma coisa rara é algo que não é comum, que não é abundante, pode ser o que não é freqüente ou ainda excêntrico, extraordinário;

Rara pode ser preciosa, valiosa ou difícil. Todos concordam?

Pois bem, rara também pode ser indicação geográfica, substantivo qualificativo ou auxiliar qualitativo, sinônimo de covarde, especulação de conhecimento e surpresa, constatações, indicadores, constatação negativa, ou simplesmente uma forma de expressão.

A primeira definição é derivada da língua portuguesa, na qual todos conhecemos, a segunda, da língua árabe que significa m@%8a.

O interessante desta palavra é que se assemelha a nós, seres humanos. Quando estamos com o ego inflado, devemos lembrar que somos uma rara (árabe), e que no final todos vamos virar pó. Já nos momentos de depressão, devemos lembrar que somos uma raridade, únicos e, assim sendo, devemos buscar nossa felicidade.
Menumak - Iara Margolis - 08/11/2010

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Nas estrelas fazer xixi....

"Lá vem eles com suas bandeiras
Suas armas e outras asneiras
Esses homens pássaros no espaço
Será que eles vem só para ver
Ou será que vem para brigar
Se for para brigar vão se ver comigo
Ponho todos de castigo
Se eles pensam que podem
Fazer aqui em cima
O que fazem na terra
Estão redondamente enganados
Aqui é o jardim do céu

Quem foi que disse
Que eles podem vir aqui
Nas estrelas fazer xixi, xixi..."

A música de Guilherme Arantes de uma maneira figurada nos pergunta quem nos permitiu ir nas estrelas e fazer xixi. Tirando a metáfora, a pergunta principal é quem somos nós que nos permitimos fazer tudo o que fazemos e fizemos com o nosso lar?
Soltamos bombas, levantamos bandeiras, poluímos, destratamos, pichamos, não educamos, arrumamos brigas e até mesmo damos nossas vidas. Resumindo, "andamos e defecamos" [como quase diria o ditado popular] pelo simples fato de não termos consciência das preposições. Ou seja, pela ausência da consiência de; consciência a; consciência após; até; com; contra; de; desde; em; entre; para; per; perante; por; sem; sob; sobre; trás...
Menumak - Iara Margolis - 05/11/2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A capsula ilusória

Um dos meios de transportes moderno, quando tem ar condicionado, se transforma em uma capsula ilusória.

Ao entrar no carro, os indivíduos se desligam do mundo exterior e passam apenas a vislumbrar o seu eu-mundo interior. Com os vidros fechados, a maioria com película, vêem os demais carros como meras máquinas e, os valores, passam a ser compatíveis com estes maquinários. Xingar, fazer barberagens, falta de educação e falta de solidariedade com o outro: é super normal. Passar pela pobreza, tristeza, felicidade, loucura... poucos destes afetam o operador.

É como se o automóvel virasse uma proteção. A seta para dobrar, uma agressividade. O mendigo da rua é natural, um incomodo até. A agressividade recebida ou externada, normal. O vidro com película, a ilusão. Mas basta abrir o vidro e solicitar ao operador da máquina ao lado algo, que com um sorriso forçado, tudo se resolve. Mas bata, também, dar uma buzinada que, com a película ilusória, sua família é bem lembrada e, dependendo do louco, uma confusão pode estar eminente.

Os pontos a observar são: como um simples carro consegue nos alienar tanto? Como um simples carro consegue ter o poder de transformar o eu racional em eu irracional? Eu pessoal em eu maquinário? E, por fim, trocar a realidade externa pelas melodias escolhidas no rádio?

Menumak - Iara Margolis - 04/11/2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O Cardume Jovem

Na Universidade de Leeds, Inglaterra, um peixe robô influenciou o comportamento de um cardume de peixe da espécie Gasterosteus aculeatus. Assim como esses peixes, várias outras espécies seguem uns aos outros sem nem ao menos questionarem o que esta se passando, apenas segue o fluxo. Esses animais poderão ficar vagando por tempo indeterminado, com os olhos arregalados, aparentando que tudo vê, onde na realidade nada entendem, estão simplesmente no piloto automático.

O mesmo costume robótico está se passando com os jovens. O mundo está mais perdido do que nunca: questões ambientais, sociais, morais, econômicas... independente do segmento vemos a ordem gritar por atenção, por uma mudança. E nós, jovens, continuamos seguindo nossas vidas, com os olhos arregalados, as antenas ligadas, fingindo que estamos no controle [de nossas vidas], onde na realidade estamos simplesmente no piloto automático.

Justo nós, cujo temos o poder e a coragem de enfrentar e mudar a correnteza, esquecemos da nossa importância social. Justo nós, que alteramos inúmeras vezes a história; Justo nós que ainda acreditamos no futuro; Justo nós, que já fomos às ruas, com caras pintadas, esquecemos de como e quando lutar.
Menumak - Iara Margolis - 03/11/2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Trem Mágico

Superfantástico amigo como era bom aquele balão...
Na época do Trem da Alegria e do Balão Mágico, o entretenimento infantil tinha um alicerce de valores e ingenuidade que se perdeu ao longo do tempo.

Nos Smurfs e na Turma da Mônica, o ápice da violência era sansão voando e Gargamel correndo. As músicas ainda falavam de paz, felicidade, amizade, ensinavam valores e instigava a criatividade e a imaginação. Os planos cruéis eram tão cruéis que algum vilão precisava ter nome forte para, pelo menos, existir um ponto realmente malígno: Coração Gelado, Vingador, Cruel, Esqueleto, Dick Vigarista...

Ultimamente venho acompanhando alguns desenhos ‘infantis’, ou que dizem o ser, e me espanto com os temas abordados.Em um destes foi feito a reprodução em desenho de um reality show. Vale salientar que foi muito bem elaborado, interessante, com humor peculiar e satirizado, porém, nada infantil para esse real reality show, cujo demonstra todos os apelos de forma caricaturada. Em outros, a violência, a agressividade e a falta de educação e respeito são pontos para refletir. Outra parcela, a banalização de temas nem um pouco infantil. E ainda existem outros que instigam a superficialidade e a felicidade nos bens materiais, no consumo e na incansável satisfação de desejos pessoais, enfatizando o individualismo moderno. E, assim, aquele Trem da Alegria esta se perdendo tão rápido quanto aquele Balão Mágico.

A evolução nos trouxe muitos benefícios, mas com ela está trazendo, entre diversos aspectos, o encurtamento do que há de mais belo na infância: a ingenuidade.

Ser ingênuo não é ser bobo, nem tolo, para esta idade. Ser ingênuo, para uma criança, é simplesmente ver o mundo simplificado e belo da forma como nós não conseguimos mais vê-lo.
Menumak - Iara Margolis - 02/11/2010

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Quando uma criança…

Quando uma criança cai,
Sugerimos que se levante;

Quando uma criança está triste ou chora,
Ficamos ao seu lado e ajudamos a passar por este tempo difícil;

Quando uma criança dá um abraço,
Retribuímos com outro, acompanhado de um sorriso;

Quando uma criança grita,
Escutamos e aconselhamos;

Entretanto, por que restringimos apenas às crianças?
Menumak - Iara Margolis - 01/11/2010