terça-feira, 10 de maio de 2011

Cuidado: Perda de tempo

Constantemente escutamos alguém nos alertar que o que estamos fazendo é uma tenebrosa “perda de tempo”. Essa malvada perda varia de acordo com o freguês. Pode ser desde utilizar algum equipamento eletrônico, tal como, TV, computador, celular, videogame... até um simples cochilo pós-almoço. Alguns, mais conservadores, acreditam que o ato de sair se encaixe neste quadro, outros, mais ousados, acreditam que seria o ato de estudar.
Enfim, depende muito de quem está no lado do acusador. Mas o que realmente o acusador deseja dizer quando se refere ao julgar o outro?
a)      Carência – uma das facetas para a palavra perda é a carência. Neste caso, se o outro faz algo que eu gostaria de fazer, mas por algum motivo mais forte sou privado de tal, pode significar que este outro tem tempo ou disponibilidade para isso, gerando um sentimento de carência e uma alfinetada ao “desocupado”;
b)       Pitadinha de inveja – afinal, uma outra faceta da perda é a inveja. Este viés é um pouco mais forte, uma vez que o acusador sente um certo desgosto pelo bem/ato alheio;
c)       Prejuízo – também um outro significado para esta palavra de ausência. Entretanto, neste caso, o acusador vê um atraso no ato que o outro está fazendo. Se tornando uma crítica mais consistente. Sai da percepção do sentimento e passa para um desprezo, ou um desgosto, pela ação;
d)      Um dano – por fim, o dano. O acusador que está no nível do dano, é o pior de todos. Ele vê aquela “perda de tempo” como um estrago, um desrespeito ao tempo. Como se o atuante fosse um assassino e estivesse matando o tempo.
Desta forma, podemos perceber que esta acusação é composta de duas pessoas com percepções diferentes perante uma ação. Ação, esta, na qual passa de um problema mal resolvido ao desprezo, ou estrago.
E, assim, podemos , ainda, perceber que em todo o momento a “perda de tempo” se encontra na percepção de um dos lados. Na realidade, a perda de tempo nada mais é do que uma ação fraca na escala de prioridades do acusador. O que não implica de ter o mesmo grau na escala de prioridades do atuante. O que nos leva a concluir que a “perda de tempo” é flutuante e oscilante de pessoa para pessoa.  Logo, irresoluto e indeciso.
Dera eu ter tido a perda de tempo do criador do Facebook.
Iara Margolis - Menumak

4 comentários:

  1. As vezes uma boa idéia, até mesmo muito lucrativa, vem das famosas e conhecidas "perdas de tempo". Claro que nem sempre isto ocorre, mas é importante dizer que para mim, atos tidos ou classificados desta maneira, por muitas vezes vem carregados com "pitadas" de ousadia e ousar, em alguns casos é muito bom! Dito isto, só posso dizer uma coisa: O jardim do vizinho sempre é o mais florido. Depois que a grama cresce tudo fica lindo e até dá a falsa ilusão de que sempre foi assim. Gostei muito! Parabéns!!

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  2. Então, agora me animo para fazer as coisas que realemente quero fazer...brincadeirinha. O texto tem um Q de verdade. Pessoas que criticam demais sem pensar.

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  3. Rsrsrs Na verdade basta ver oportunidade nas coisas, ne?
    É importante fazermos o que temos vontade, pois precisamos de um escape da vida. Outras vezes podemos unir o útil ao agradável e conseguir ver uma oportunidadde onde os outros não veem.
    O que não pode, é passar o tempo todo no perda de tempo nem o tempo todo sem a perda de tempo :-)

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  4. Viver a vida de modo equilibrado...tempo de produzir e tempo de relaxar...agora vem o problema... O que fazer entre eles...ehehe...

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