quinta-feira, 11 de novembro de 2010

E,Nem é pau!

A expectativa de vida brasileira é de 73,1 anos [IBGE,2009]. Assim, um jovem no terceiro ano, com apenas 23,26% de sua vida vivida, terá que escolher o seu futuro para dedicar mais, em média, 6% de sua vida numa faculdade. Onde recebem uma pressão ilusória que esta decisão decidirá seus próximos 76,74% da vida.
Uma pressão desesperadora para os “feras” e uma indústria milionária de suporte. O fato é que depois de uma decisão difícil de que curso fazer, investimentos financeiros, de tempo, emoções, expectativas e muitos sonhos estão envolvidos e lançados a sorte, ao estudo e ao autocontrole. Hoje, passam anos se preparando. Cursinho, estudos, testes vocacionais, mudança de colégio, classes específicas, abdicação de estarem com os amigos e curtindo a vida...  Tudo para tentar o vestibular. Correto?
ENem é pau! Ai ficamos diante de uma novela absurda que fazem estes jovens passarem.
Tudo começa com o despreparo econômico, vangloriando as faculdades e não dando valor e pouco absorvendo os cursos técnicos. Depois, quem realmente segue a profissão que fez?
Não menciono que o estudo não é importante, muito pelo contrário, é um dos bens mais preciosos que temos, ficando atrás apenas de nossas vidas, da nossa família/entes queridos e da nossa consciência. Entretanto questiono se o mercado comporta tantos formandos? Como a resposta é negativa, termina com a ausência de dar o que é de César a César. Termina desvalorizando os cursos de longa duração e não dando a importância dos cursos de curta duração.
Assim, obrigam os cidadãos a estudarem mais, trabalharem mais, em empregos inferiores ao que foram capacitados, ganhando menos por um inchaço na concorrência.
Depois, se esta é uma decisão tão importante no nosso contexto, por que motivo devemos tomar esta decisão tão cedo?
E, tudo termina com a proibição de relógios, lápis, borrachas, vazamento de temas de redação e talvez um cancelamento de prova. Mas, com toda certeza, muita indignação e desrespeito as famílias e ao cidadão.
Menumak - Iara Margolis - 11/11/2010

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